Algumas considerações sobre mobilidade urbana

As cidades estão em constante transformação, exigindo investimentos contínuos em sistemas que garantam a mobilidade das pessoas. Para que as relações humanas se efetivem, é importante que as cidades disponibilizem serviços capazes de vencer as distâncias com comodidade e tempos e custos aceitáveis.

Mas mobilidade urbana não se resume à construção de grandes sistemas de transportes, com tecnologias modernas e eficientes que exigem investimentos milionários. Há outras questões importantes que, muitas vezes, não são considerados adequadamente.

Primeiramente, as cidades devem disponibilizar caçadas em boas condições. Elas permitem que as pessoas caminhem, que é a opção mais utilizada no mundo quando o assunto é mobilidade. Além disso, sem calçadas adequadas não há como acessar outras opções de transportes, como ônibus e trens.

Outro ponto fundamental é a construção de conexões eficientes para interligar as diferentes modalidades de transportes. Essas conexões acontecem em locais específicos nas cidades, geralmente com grande movimentação de pessoas, e permitem que os usuários escolham as melhores opções para seus deslocamentos.

Uma referência nesse assunto é Viena, capital da Áustria, que construiu um dos sistemas de mobilidade urbana mais eficientes do mundo. São muito conhecidos pelos seus bondes (VLT – Veículos Leves sobre Trilhos) , que operam desde o século XIX, mas também pelos trens, ônibus, bicicletas, patinetes e carros. É um sistema que funciona de forma hierárquica e atende praticamente todas as regiões da cidade.

A estação de Praterstern, localizada no distrito de Leopoldstadt (Figura 1), ilustra muito bem a importância de ter boas conexões. Ela oferece diferentes meios de transportes, tais como bicicletas, ônibus, VLT e trens, além do piso estar no mesmo nível em toda área da estação, o que confere mais conforto e comodidade aos usuários.

Figura 1 – Estação de trem Praterstern, Leopoldstadt, Viena

Para que as cidades possam oferecer uma mobilidade urbana, a primeira providência é tratar das calçadas. É o início de qualquer intervenção. Sem calçadas adequadas não há como falar em mobilidade urbana.

No link abaixo há outros exemplos de cidades que tratam muito bem a questão da mobilidade urbana.

Amsterdam – Baises Baixos

https://www.flickr.com/photos/ferroviaesociedade/albums/72177720314833625/

Innsbruck – Áustria

https://www.flickr.com/photos/ferroviaesociedade/albums/72177720307521369/

Viena – Áustria

https://www.flickr.com/photos/ferroviaesociedade/albums/72177720307485795/