Brasil fora dos trilhos #1

Nunca se investiu tanto em ferrovias no mundo como nas últimas décadas, tanto na ampliação de linhas como na reforma de sistemas mais antigos.

O maior exemplo desse investimento vem da China, país que construiu em pouco tempo uma rede de trens de alta velocidade com mais de 40 mil quilômetros de linhas.

Também chama muito atenção as notícias positivas que chegam do Japão, que é um dos países que mais investe em tecnologia ferroviária. Em 2024, será comemorado o aniversário de 60 anos do Trem Bala, ou Shinkansen.

Enquanto isso, no Brasil, os investimentos em ferrovias ainda não estão acontecendo como poderia se esperar. São muitas promessas e projetos e poucos serviços foram efetivados e colocados em operação.

A edição de julho e agosto de 2023 da Revista Ferrovia destacou em seu editorial mais uma preocupação que confirma a distância do nosso país com o que o mundo está praticando.

“O fato de o governo federal anunciar no novo PAC investimentos públicos de R$73 bilhões em rodovias e menos de 10% disso (R$6 bilhões) em ferrovias sacramenta o quanto a sociedade brasileira está distante de perceber a importância em aumentar a participação das ferrovias na matriz de transportes nacional.”

A prioridade pela opção rodoviária evidencia ainda mais a condição do nosso país como o mais atrasado do mundo em termos de uso de ferrovias. Paises mais organizados socialmente estão há muito tempo investindo em ferrovias, buscando por sistemas de transportes mais baratos e menos poluentes.

Os artigos que serão apresentados a partir de agora no Ferrovia e Sociedade são uma tentativa de explicar para a sociedade brasileira porque o Brasil ainda não adotou o trem como o principal sistema de transporte de cargas e pessoas.

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