Malha ferroviária nova

As duas malhas ferroviárias existentes no país, uma nova e outra antiga, possuem características diferentes. A malha ferroviária nova, com aproximadamente 5 mil km de extensão, é mais moderna e foi construída nas últimas décadas em bitola larga (1,6 metro).

Malha ferroviária nova

Nos últimos 10 anos, a quantidade de carga transportada aumentou 55% em volume, passando de 194 mil para 301 mil TU (Tonelada Útil). Os principais produtos transportados nesta malha foram minério de ferro (87% do total transportado) e do setor agrícola (6%).

As ferrovias que fazem parte da malha nova são: Rumo Malha Norte (RMN), operando entre Rondonópolis (MT) e Aparecida do Taboado (MS), com 735 km; Ferrovia Norte Sul – Tramo Norte (FNSTN), ligando Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO), com 745 km; MRS Logística, ligando Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, com 1.632 km; e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ligando as minas da Vale em Parauapebas (PA) ao porto Ponta da Madeira, em São Luís (MA), com 978 km de extensão.

A velocidade média comercial da malha nova é maior do que a da malha antiga, mas também teve uma redução entre 2006 e 2016. A ferrovia RMN foi a que apresentou a menor velocidade, por volta de 12 km/h. Enquanto isso, a EFC apresentou a maior velocidade, 24 km/h.

As ferrovias da malha nova também podem ser consideradas monofuncionais, pois transportam uma variedade muito pequena de produtos. Em 2016, os principais produtos transportados e respectivas porcentagens sobre o total transportado foram: RMN (soja e farelo de soja – 52%, outros produtos agrícolas – 39%); FNSTN (soja e farelo de soja – 54%, celulose – 27%, combustível – 10%); MRS (minério de ferro – 87%); e EFC (minério de ferro – 97%). Em 2016, as ferrovias EFC e MRS transportaram 98% de toda a carga transportada na malha nova.

Os principais investimentos no setor ferroviário atualmente estão privilegiando a ampliação da malha nova. Novas ferrovias estão em construção, tais como a Transnordestina Logística S.A. (TLSA), com 1.753 km, no Nordeste do país, e Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), com 1.527 km, ligando o oeste da Bahia ao porto de Ilhéus (BA).

A TLSA tem como objetivo substituir a Ferrovia Transnordestina Logística, que é de bitola métrica e possui diversos trechos deficitários e ociosos. Está sendo construída a partir de Salgueiro (PE), seguindo a oeste para Eliseu Martins (PI), a leste para o porto de Suape, localizado nos municípios pernambucanos de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, e ao norte para o porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE).